Informações: Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (Ceflor) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), localizado em Santa Maria, teve o projeto “Sabores e saberes: conhecendo e valorizando as frutas nativas do estado do Rio Grande do Sul” contemplado, recentemente, com recursos de R$ 5 mil da Fundação Antonio Meneguetti. O resultado foi a elaboração de duas publicações na temática de frutíferas nativas, sendo um conto de literatura infantil e uma cartilha técnica.
A engenheira agrônoma e pesquisadora Gerusa Steffen, autora, entre outros, das publicações, explica que o livro infantil “Sabores e saberes: uma aventura pelo mundo das frutas nativas do RS” conta a história de um grupo de amigos que descobrem os sabores das frutas nativas durante um lindo passeio em uma colina.
“E a cartilha técnica ilustrada ‘Sabores e saberes: conhecendo e valorizando as frutas nativas do RS’ foi elaborada para complementar o conto infantil, trazendo informações sobre dez das principais espécies de frutíferas nativas do RS, seus aromas e sabores, épocas de frutificação, potenciais nutricionais e medicinais”, esclarece Gerusa. “Ela é destinada a professores e técnicos das escolas para que eles possam trabalhar essa temática com os alunos”. Segundo Gerusa, há 200 exemplares impressos do conto infantil, além das versões digitais da cartilha técnica e do conto no formato de e-book. “Para atingir o maior número de escolas possível. Inclusive já temos informações de que gaúchos que moram na França já receberam os materiais”, fala com entusiasmo.
Conforme a pesquisadora, a cartilha contém diversas receitas de sucos, bolos, geleias, caldas, compotas e brigadeiros, que podem ser elaboradas com as frutas nativas. “As espécies nativas integram o patrimônio histórico e cultural do nosso Estado. Conhecer é fundamental para valorizar e preservar a riqueza de sabores que fazem parte da nossa história e de importantes memórias do povo do Rio Grande do Sul”, acredita Gerusa.
Além disso, os pesquisadores se comprometeram a distribuir mil mudas de frutíferas nativas das espécies araçá amarelo, araçá vermelho, cerejeira-do-rio-grande, goiabeira serrana, guabiju, guabiroba, jabuticaba, pitanga e uvaia.
“As mudas serão distribuídas para escolas públicas e privadas, agricultores e instituições que tiverem interesse. A doação será realizada mediante o contato das escolas e deve começar a ocorrer no retorno das aulas. Nós informamos a lista das espécies disponíveis e, após uma análise da disponibilidade de espaço de cada escola, repassamos as mudas e auxiliamos com informações técnicas sobre a melhor época de plantio e os cuidados após o plantio”, diz Gerusa. “A ideia é incentivar o plantio de mudas frutíferas nativas em diversos espaços e municípios do RS”.
Ideia do projeto
O Centro de pesquisa atua especialmente na área florestal. Nele são feitos o plantio e a comercialização de mudas, além do beneficiamento e armazenamento de sementes de espécies florestais nativas. E o Centro também recebe muitos alunos que vão conhecer o trabalho desenvolvido no local. Além do público adulto que vai para adquirir mudas de espécies florestais nativas.
De acordo com Gerusa, a ideia do projeto surgiu, porque, tanto as crianças, quanto os adultos, não conheciam as espécies frutíferas nativas. “Então, para divulgá-las e para que esse conhecimento não se perdesse entre o povo gaúcho, pensamos em uma forma lúdica para os alunos aprenderem, além de levar esse saber para as escolas e as famílias”, comenta. “Nós adoramos essas frutas nativas, e elas possuem um potencial gastronômico maravilhoso, que é pouco explorado”, diz a engenheira agrônoma.
“Todo o nosso grupo de pesquisadores aqui em Santa Maria busca realizar projetos que aproximem o saber científico da vida das pessoas, como forma de popularizar a ciência e contribuir com temáticas relevantes para o nosso Estado”, pontua Gerusa.
Texto: Darlene Silveira/Fotos: Divulgação/Seapi