A utilização de resíduos de porongo para composição de substratos no cultivo de mudas de espécies florestais é tema de pesquisa do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (CEFLOR), do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar de Santa Maria. Os resultados do trabalho estão apresentados na Circular Técnica “Resíduos do cultivo e beneficiamento de porongos como constituintes de substratos para mudas florestais”, disponível para download gratuito.
“Nosso objetivo foi potencializar a utilização dos resíduos da cadeia produtiva de porongos, buscando alternativas para o aproveitamento destes resíduos e o incremento de renda dos produtores de porongos do Estado”, explica a pesquisadora Gerusa Pauli Kist Steffen, uma das autoras da publicação.
O cultivo de porongos na região central do Rio Grande do Sul representa uma relevante fonte de renda familiar, movimentando o comércio local. “Apesar da importância histórica, cultural e social que a cadeia produtiva do porongo representa para o Estado, não existe valorização econômica da atividade, o que tem levado à redução do interesse das novas gerações”, complementa Gerusa.
Os resultados da pesquisa comprovaram o potencial de utilização dos resíduos de porongos como matéria-prima para a composição de condicionadores e substratos destinados à produção de mudas de espécies florestais.
“Além dos benefícios ambientais, a comercialização dos resíduos de produção de porongos para indústrias de substratos orgânicos agregará valor à cadeia produtiva, incrementando a renda líquida das famílias”, conclui a pesquisadora.
Texto: Elaine Pinto
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação